sábado, 3 de outubro de 2009

O drama de uma homem só

Onde é que está a equipa de Santana? Alguém os conhece? Alguém os viu nalgum cartaz? Como é que é possível que uma coligação de 4 partidos 4 só tenha uma cara para mostrar – o Pedro, o Pedro e só o Pedro?
Aqui está mais uma das grandes diferenças entre a candidatura de António Costa e a de Santana Lopes. Deste lado uma equipa de pessoas cujos percursos profissionais e cívicos falam por si; do outro, um homem só, que nem foi solidário das equipas que fez e desfez no passado, nem consegue entender o que significa trabalhar com outros. Por isso critica as “divisões” entre as pessoas da lista UNIR LISBOA. Para os egocêntricos, é sempre muito difícil lidar com a diversidade de opiniões e com o espírito crítico. Com uma agravante: é que mais uma vez o Pedro não acerta nos números. Nunes da Silva, especialista em transportes, é o oitavo da nossa lista, não o sexto; Sá Fernandes é o quarto, não o quinto; e Lisboa perdeu 300.000 habitantes em 30 anos, não em 20.
Não haverá quem lhe faça umas cábulas para ver se acerta?

Helena Roseta

6 comentários:

  1. cuidado com as aparências, apesar do Pedro aparecer só e a dizer tanta coisa, ele tem os partidos de direita a apoiá-lo, por isso apesar de não aparecerem toda a máquina deles está a funcionar e o que interessa é mesmo o nº. de votos, pois são os votos que elegem o presidente

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  2. Eu não substimaria toda aquela máquina aparentemente silenciosa de toda a direita coligada.
    Estarão a trabalhar pela calada, mas receio que eles estejam a fazer um trabalho de propaganda pela calada.
    Cuidado, não nos deixemos ir pelas sondagens (já me disseram que a nova moda do pessoal da direita - com recomendações vindas de cima - é responder nas sondagens que vota no António Costa, para baralhar aquilo tudo e gozarem até mais não no dia 11 de Outubro.)
    Logo se verá no dia 11 às 20.00h.
    Mas não os substimem...

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  3. Arqª Roseta,

    A Grande desilusão dos últimos tempos em Lisboa! Não se sentem mal por toda a independência que prometeu aos Lisboetas e afinal eu de centro direita que votei em si, encontro-o ao lado de António Costa.

    Lamentável

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  4. Anónimo das 8:40, se votou nos CPL, será por certo um dos seguidores do nosso site, mas deixamos aqui o editorial de Helena Roseta em que por certo não terá reparado na altura em que foi publicado.

    Fazer a diferença em Lisboa
    21-07-2009
    Ninguém é dono dos votos de ninguém. Esta frase é uma das chaves da democracia. Tenho pensado nela ao responder a alguns amigos que não concordam com a decisão que tomei de fazer um acordo de listas conjuntas com o PS para governar Lisboa.
    As razões do acordo são óbvias: a cidade tem um problema grave de governabilidade e de governança e sem o resolver não conseguimos resolver os inúmeros problemas de fundo que neste mandato foram bem evidenciados. O que é mais importante? A percentagem eleitoral dos CPL ou a possibilidade de criar uma maioria alargada para governar bem a cidade?
    Há quem nos acuse – sobretudo na opinião publicada – de termos perdido a nossa autonomia. Os CPL, que há dois anos foram acusados pelos mesmo arautos de ser um mero movimento anti-partidos, afirmaram-se como um movimento livre de tutelas e verdadeiramente independente, porque não depende financeiramente de favores de ninguém. Pagamos do nosso bolso esta independência, que não tem preço.
    Aquilo que digo aos que me querem julgar antes de tempo é que me deixem dar as minhas provas. Não mudei. Não me calarei quando tiver de erguer a voz. Mas não deixarei de apoiar o que tiver de ser apoiado, com espírito livre e os olhos postos na defesa da cidade. Sei que os CPL avançarão agora com mais candidatos e maior rede, incluindo listas autónomas em algumas freguesias. Pelo nosso trabalho seremos julgados.
    Queremos fazer a diferença em Lisboa. Queremos uma cidade para os cidadãos e não para a especulação imobiliária; uma cidade mais verde e não de tunelizações automóveis; uma gestão de proximidade e descentralização e não de poder pessoal e majorettes. Queremos um programa de governo municipal capaz de obter a maioria do voto lisboeta.
    Autonomizaremos a nossa presença nos órgãos autárquicos depois das eleições, como previsto no acordo. Mas o acordo é apenas para Lisboa. Em relação ao país, exerceremos a nossa autonomia e afirmação face a qualquer governo e não deixaremos de reivindicar mais respeito pelos poderes da autarquia e maior partilha dos custos da capitalidade.
    Helena Roseta

    Um CPL atento

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  5. Não percebo como se pode falar numa coligação quando cada um dos seus membros pensa diferentemente em relação a temas fundamentais para a cidade: contentores, 3ª travessia sobre o rio, aeroporto.

    Uma autêntica contradição de termos!

    Por mais editoriais que faça, a quadratura do círculo marca esta coligação unir lisboa e não vale a pena brincarmos com as palavras e com as pessoas.

    O que a Srª Arquitecta fez agora foi, precisamente a antítese que norteou a fundação dos CPL: o afastamento do PS ou quaisquer outros partidos políticos.

    Chega de brincar com as expectativas das pessoas...

    Votarei em branco no próximo dia 11.

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  6. Há aqui um grande equívoco. Sempre disse que os Cidadãos por Lisboa seriam parte da solução. Ao longo deste mandato pude constatar como o PSD, na Câmara e na Assembleia, procurou inviabilizar propostas fundamentais para a cidade, como o Programa Local de Habitação que eu própria liderei. Honra à excepção de Paula Teixiera da Cruz, que teve sempre um comportamento democrático inatacável! Aprendi com Sá Carneiro que é preciso pôr os interesses da democracia acima dos interesses partidários. E a democracia faz-se de convergências e divergências, mas sobretudo de respeito pelos problemas concretos das pessoas. Por isso fizemos o acordo que fizemos, sem prejuizo de mantermos a nossa voz independente e crítica. A minha vida é a melhor prova, creio, dessa independência. Mas naturalmente as pessoas são livres de votar como entenderem. Os votos não têm dono!

    Helena Roseta

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